Assisti a todo o concerto dos Capitão Fausto sentada, ao contrário do dos Linda Martini. Ambos foram no Grande Auditório do CAEP, mas são estilos tão distintos que o público reagiu de maneira diferente. Para mim, um concerto dos Capitão Fausto é para se estar a apreciar como toda a gente estava. No final do concerto, enquanto Tomás, Manuel, Francisco, Salvador e a equipa que os acompanha arrumavam o material, estive à conversa com o Domingos (que na altura estava adoentado).
Apesar de haver algumas perguntas mais pessoais (como a questão dos brinquedos de infância), o Domingos respondeu-me a tudo relacionado com ele e ainda respondeu a algumas coisas sobre os outros e sobre a banda.
Uma Breve Introdução
Três palavras que os definam? Não deu para decidir entre três, por isso foram cinco: musculados, giros, atraentes e bom bícep. Brinquedo de infância? Mega Drive. Primeiro concerto a que se lembra de ter ido? Da Weasel em Monsanto. Respostas rápidas e curtas, certo? Certo. Passemos à frente.
Três sítios em que gostava de tocar? Campo Pequeno, Paredes de Coura, Super Bock Super Rock (e no Coliseu). Já tocou em todos eles. Também referiu o Pavilhão Atlântico/MEO Arena/Altice Arena, onde tocou já depois de o entrevistar. Um CD para ficar encravado no rádio do carro? Pet Sounds dos The Beach Boys. A sua música preferida dos Capitão Fausto? Semana em Semana.
Processos Musicais
Quis saber um pouco mais sobre como os temas são tornados realidade e qual o processo de trabalho desta banda. Fiquei a saber que é o Tomás é que escreve as letras. Depois faz as vozes e parte das melodias, mas muitas vezes estas são depois acertadas em conjunto, assim como os coros. O instrumental é feito por todos.
Tive, também, curiosidade em saber se a ordem das músicas nos discos importa. Segundo o Domingos, a grande importância é aquilo que lhes soa melhor. Não tem grande ciência e é assim que as ordenam, com excepção para a música "Alvalade Chama Por Mim" que é mais conclusiva e que acharam que era a melhor para fechar o disco. As outras estão pela ordem que acharam ser a melhor entre elas e normalmente é assim que fazem.
Será que há um tempo ideal para uma música? "Não existe", foi a resposta do Domingos. Há algumas músicas que são logo feitas muito rápidas e o tempo não é uma preocupação. No entanto, podem achar que uma mísica tem coisas a mais ou coisas menos. Isto não é o tempo da música que define, mas sim a qualidade daquilo que está a ser transmitido. Contar o princípio, o meio e o fim de uma história pode demorar mais ou menos tempo. Na óptica dele, não interessa se uma música tem vinte minutos ou dois, mas sim se responde ao seu propósito, se tem capacidade de síntese e não é o tempo que define isso.
Videoclips e os Nomes dos Álbuns
Nunca vos intrigou quando é que vale a pena para um artista fazer um videoclip? Confesso que tinha curiosidade. Sei que é normal a primeira música a ser lançada ter este apoio visual, mas e as outras? Fiquei a saber que pode ser antes ou depois da música: ou a música sugere logo uma ideia (por exemplo através da letra ou da melodia) [ou seja, antes] ou, tal como disse, é escolhida a mais comercial (a primeira ou segunda a ser lançada) [ou seja, depois].
Já no que toca aos nomes dos álbuns, o Domingos explicou-me o nome de cada um: Gazela veio por causa da capa, que já existia antes do disco e foi feita pelo Francisco; e o Pesar o Sol foi a mãe do Manuel que falou desta arte de navegação e acabou por ficar o nome do álbum.
Cuca Monga
A Cuca Monga foi uma editora que eles criaram para poderem editar outras coisas que não Capitão Fausto. Entretanto Capitão Fausto pertence à Cuca Monga e à Sony Music PT. A ideia deles, inicialmente, era editar os discos de um grupo de amigos próximos que também tocam. Eventualmente a editora cresceu e começou a editar outros discos como por exemplo o dos Ganso e do Luís Severo. Agora? Agora já não lançam só álbuns de amigos.
O que lhes falta fazer?
Falta-lhes gravar mais discos e tocar em mais sítios. Foi a primeira vez em Portalegre e há outros sítios onde querem tocar em Portugal. Querem chegar a mais pessoas, por exemplo ao Brasil, o sítio escolhido para a gravação deste disco.
Quando lhe perguntei se havia algum sítio diferente onde gostava de tocar, disse que num comboio ou num submarino, que já tocou junto ao mar, num elétrico e num autocarro e que a voar (leia-se "num avião") não gostava.
Nem todas as historias valem a pena ser contadas. Algumas têm mais graça se ficarem entre nós, diz o Domingos.
Não verbalize: resolva! - Domingos Coimbra
Nunca os vi ao vivo :)
ResponderEliminarUm beijinho grande*
Vinte e Muitos
Muito interessante ! Especialmente a concepção do tempo que uma musica deve ter.
ResponderEliminarBeijinho,
Carolina
w-her-e.blogspot.pt
Adorei o post! Estou a seguir o teu blog, podes seguir o meu? :)
ResponderEliminarwww.aflormaria.blogspot.pt
beijinhos
Cara, que legal, vc entrevistando gente famosa rs
ResponderEliminarMas, assumo que nao conhecia. Adoro novidades musicais
Bjo grande flooor
cariocadointerior.com.br
Grande entrevista!!! Adoro os capitão fausto!!!
ResponderEliminarBeijinhos
Cloud World