/* */ Cor Sem Fim: Eu perguntei, The Happy Mess respondeu

Eu perguntei, The Happy Mess respondeu


Joana Duarte



Com seis membros que tocaram, só entrevistei quatro. Têm outros projectos e empregos e têm idades compreendidas entre os 25 e os 43 anos e juntos são os The Happy Mess.

Quando pedi três palavras que os definissem, todos concordaram numa: adoráveis. O João (25 anos) e o Miguel (43) ainda referiram que a palavra "energia" os definia e Miguel disse também "criação". Já a Joana (32), a única rapariga do grupo, disse que os The Happy Mess eram também definidos pelas palavras "limites" e "imaginação" (mas acredito que não pelos limites da imaginação). Trabalham na área da música em outros projectos. A Joana, por exemplo, é agente de outras bandas (e farta-se de dançar!). Mas não é só no campo musical que eles trabalham! Rui (42) é psicólogo e Miguel jornalista (devem reconhecê-lo da Sic Notícias). 

Miguel Ribeiro
Grandes públicos ou pequenos? A resposta foi consensual: bons públicos. E, claro, casa cheia. "São ambientes diferentes: públicos sentados num auditório ou em pé num festival." O primeiro concerto foi fixe: casa cheia, num clube em Lisboa. Estava quente dentro do clube e frio fora dele. Deu-lhes motivação (porque perceberam que havia público) e continuaram. Já pisaram alguns palcos grandes que, de certa forma, os marcaram. O primeiro foi o Super Bock Super Rock. O Festival do Crato (aqui pertinho de Portalegre; foi mais perto que já tinham tocado, mas alguns membros já cá tinham estado) que é um festival diferente. Encher a Casa da Música foi incrível para eles.  Paredes de Coura. Centro Cultural de Belém, na apresentação do disco, pois é uma sala emblemática. Estes foram alguns públicos que os surpreenderam, mas não só. Às vezes nos sítios mais inesperados, como por exemplo no interior. Porquê? Porque as pessoas vão à descoberta. Às vezes, estes públicos sobem aos palcos e dançam com eles!

Zé Miguel Vieira

Porque não em português? Fui logo chamada a atenção: "Nós temos uma música em português!". Como têm influências anglo-saxónicas e o inglês está presente no dia-a-dia deles, sentem-se mais confortáveis a cantar nesta língua, que tem uma sonoridade e uma cadência diferente da portuguesa. Talvez seja mais facilmente musicável!

Primeiro concerto a que foram e concertos favoritos

O Rui foi ver os GNR em Valpaços e gostou dos The Divine Comedy em Guimarães.
O Miguel começou a ir aos Heróis do Mar e um concerto em 2012/2013 (cujo o nome não me recordo) marcou-o.
Já o João foi ver os Ornato Violeta em '97 e viu os Jamiroquai no Rock in Rio em 2003 e adorou.
Relativamente aos concertos da Joana, ela não soube dizer nomes. Falou de uma banda de Valpaços (talvez fosse a Analógica?) e falou de um ciclo de jazz em Guimarães. Ah! E falou da Laurie Anderson na Casa da Música, que assinalou um momento de viragem.

Rui Costa
Top 3: onde querem tocar

O Rui disse logo que tinha só um top 1: tocar no Coliseu. (Mas acabou por acrescentar Glastonbury.) O Miguel e o João sonham tocar no Coachella. Miguel acrescenta ao seu top o festival Primavera Sound em Barcelona e SxSW em Austin. João adicionou Central Park à lista. Já a Joana.... (bolas, como é difícil arrancar-te respostas!) a Joana gostaria de tocar num palco montado em cima de água com uma cascata por trás, no meio de uma floresta gigante.

Têm uma música deles que usam quando querem criar algo, que gostam de tocar às vezes "para dar o mote": Heaven. A Joana disse que gosta também da "Last Man Standing". Não têm um ritual para antes dos concertos e a melhor experiência musical é tocarem todos juntos. Gostam de Tame Impala, David Bowie e Arcade Fire.

Hugo Azevedo
Para terminar, falámos de brinquedos e brincadeiras de infância. O Rui tinha um cavalo de madeira com rodas e o Miguel uma ambulância telecomandada (e uma bateria que durou um dia). A Joana gostava de andar de triciclo em loop à volta da mesa da cozinha e o João passava tardes a gravar músicas que passavam na rádio em cassetes virgens.  

João Pascoal
O concerto foi animado e com muito mais energia que a entrevista. Saltaram, dançaram, cantaram até ao fim.

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